quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Olimpíada, Condomínio e Nossos Desafios


Uma Vida bem vivida: é a maior de todas as Olimpíadas. Você é o atleta.” Vitorio Furusho

“Não é a força, mas a constância dos bons resultados que conduz os homens à felicidade. ”Friedrich Nietzsche
“Um amor, uma carreira, uma revolução: outras tantas coisas que se começam sem saber como acabarão”. Jean-Paul Sartre
 As vésperas do maior evento olímpico do mundo, nos deparamos com 11,5 milhões de desempregados e o preço do feijão nas alturas, mas teremos que assistir e prestigiar o evento, afinal foi feito um investimento de U$11,7 bilhões de dólares, 1/5, frente o rombo no orçamento de R$ 170 Bilhões de reais algo como U$ 53,3 Bilhões de Dólares. Mas as olimpíadas podem ser um grande recomeço para o Rio de Janeiro, com a revitalização da capital. A situação do Estado com o orçamento em frangalhos que recorre ao governo federal para parcelar suas dívidas, que ao perder receitas com sua maior empresa, a Petrobrás dona de uma dívida de R$ 450,00 Bilhões algo como U$ 150 Bilhões de dólares, vendendo ativos na tentativa de renegociar suas contas e cobrando a diferença na bomba de combustível.
A coisa boa de tudo, isto é, estamos chegando nos números reais e começamos a entender as contas deste grande condomínio Brasil, gerido por personagens que amam os holofotes políticos e desprezam as necessidades da população. Mas o que eles não esperavam é que a população começasse a entender a caixa preta das contas condominiais. O sistema político encontra-se ameaçado e procura uma saída para construir um discurso de sobrevivência do “establishment”. Mesmo que grande parte da população brasileira não compreenda e não participe das reuniões condominiais, já conseguem entender que existe algo de errado no reino da desigualdade brasileira.
O fim do poço nunca chega, as olimpíadas passarão, nossas carreiras terão que sobreviver a esta tempestade perfeita. O legado de tudo isto será um país em plena efervescência jurídica e policialesca, com uma classe política com forte metástase e com empresários em profunda anemia. A quem vamos culpar, forças ocultas, o último partido no comando, a classe empresarial ou algum inimigo externo, pois bem meus caros, a responsabilidade é toda nossa. Mas fica aqui o meu desejo de uma boa olimpíada, para os profissionais que todos os dias saltam seus obstáculos, na busca de manterem-se nos seus negócios ou empregos. Que sejamos valentes e corajosos para um Brasil melhor para nossos filhos e netos, esta é a verdadeira tocha olímpica a ser sustentada.
Adeildo Caboclo é professor, palestrante, consultor de empresas e escritor.                             E-mail: diretoria@flapbusiness.com.br -  Visite: www.adeildocaboclo.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário